Distúrbios do sono: ronco e insônia podem aumentar riscos de infarto e derrame
Tratamento envolve identificar e tratar a causa das alterações e seguir hábitos saudáveis de vida.
É fácil saber quando a noite de sono não foi das melhores. Se, ao acordar, sentir indisposição e vontade de não sair da cama, ou dormir além da conta e perder compromissos com hora marcada, é prova de que houve algum problema durante a noite.
Ter vontade de dormir um pouco mais é normal, principalmente, com a atual vida agitada e a agenda lotada, com tarefas que tomam todo o dia. Contudo, se esta prática se tornar frequente e o cansaço diurno for excessivo a ponto de atrapalhar afazeres que exijam atenção e concentração, como dirigir ou trabalhar, o problema precisa ser investigado, pois pode se tratar de algum distúrbio do sono.
As alterações nos padrões normais de sono podem afetar negativamente a saúde, como explica Dr. Henrique Fernandez Mendes, neurologista especialista em problemas do sono, do Centro Médico São José, de Cerquilho. “Temos três grandes problemas do sono: ronco, apneia e insônia. Todos eles têm tratamento e precisam de atenção, pois noites mal dormidas podem causar diversos problemas, como a diminuição da qualidade de vida, alterações no metabolismo, além de aumentar o risco de infarto e derrame”, alerta.
Todos os distúrbios do sono possuem tratamento, que variam de acordo com o diagnóstico da causa do problema. “Não buscamos tratar o distúrbio em si, mas, sim, identificar e tratar o que está causando o problema, para que desapareça. Para isto, utilizamos um exame chamado polissonografia, em que a pessoa passa uma noite na clínica, dormindo, com uma série de sensores no corpo. Desta forma, produzimos um relatório com a análise de diversos parâmetros, que ajudam a chegar ao diagnóstico correto e orientar o tratamento”, explica.